Cravos e espinhas são condições que podem acometer desde os adolescentes aos adultos. Apesar de serem associadas aos hormônios na maioria das vezes, outras causas também podem desencadear essas erupções cutâneas, como os fungos. Diferente da hormonal e cística, a acne fúngica é causada pelo crescimento excessivo de uma levedura chamada Malassezia furfur, e precisa de tratamento específico.
Segundo a dermatologista Adele Haimovic, a Malassezia furfur é uma condição natural da pele, porém o crescimento excessivo pode resultar em acne fúngica. Muitos fatores podem contribuir para essa condição, entre eles o uso de certos medicamentos, incluindo antibióticos, viver em ambientes úmidos e utilizar peças molhadas, como roupas de treino suadas.
A acne fúngica produz espinhas pequenas e uniformes, que podem causar coceiras. Geralmente, as regiões mais acometidas são as costas, peito ou braços, mas também pode aparecer no rosto.
Tratamentos
Os tratamentos mais comuns e simples são feitos com antifúngicos, como cetoconazol, nitrato de econazol ou clotrimazol — ingredientes comuns em cremes antimicóticos. “Muitas vezes os cremes antifúngicos tópicos são eficazes. No entanto, os antifúngicos orais podem ser necessários para casos mais persistentes”, explica a especialista.
Higienizar as áreas afetadas com shampoo anticaspa, que tenham na composição piritionato de zinco ou sulfeto de selênio, também pode ser uma alternativa.
Adele não recomenda utilizar produtos antiacne nesse caso, pois não são eficazes contra os fungos. Afinal, embora possa ser confundida com a acne normal, os tratamentos são diferentes.
Em caso de dúvidas ou suspeita de acne fúngica, Haimovic recomenda consultar um dermatologista. O profissional habilitado poderá identificar a causa e o grau dessa condição para te indicar o melhor tratamento de acordo com suas especificidades.
